O parlamentar é membro da Comissão que vai elaborar o novo Código Brasileiro de Energia Elétrica
O deputado federal Luiz Antônio Corrêa (PL/RJ) fez duras críticas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que abriu uma consulta pública para rever taxas e mudar as regras da resolução 482/2012 que trata da geração distribuída de energia elétrica, em que o consumidor produz a energia solar em sua residência através de painéis solares. Empresários e economistas temem que a medida inviabilize o setor que investe em energia limpa e sustentável.
Em sessão da Comissão de Minas e Energia, o parlamentar declarou que não é engenheiro, mas acompanha as audiências públicas. “Já noto uma diferença na postura da Aneel em relação ao tema. Eles não esperavam uma mobilização tão grande do Congresso e da população”, afirmou o deputado.
Luiz Antônio também recordou do momento atual do Brasil. “Bendita a hora que a geração de energia limpa está crescendo no nosso país. Em uma época de crise, com poucos setores apresentando bons números, temos uma área em expansão e que representa o futuro”. Ele também fez questão de lembrar aos participantes da comissão os recentes desastres ambientais:
— Lembrem-se de Mariana, Brumadinho e agora as praias do Nordeste! Quando você castiga o ambiente, a natureza te cobra. Vamos debater esse assunto de forma equilibrada para que tenhamos um resultado positivo para a população brasileira.
No final de semana, o deputado federal esteve ao lado do diretor técnico da Alphatec, Carlos Eduardo Faria, em uma planta de geração fotovoltaica no município de Rio das Flores. A usina solar tem a capacidade instalada de 1,5 megawatts e atende uma rede de farmácias da região.
De acordo com Faria, Rio das Flores, Valença e Vassouras possuem uma das melhores incidências solares do estado do Rio de Janeiro, sendo locais ideais para o desenvolvimento e implantação de geração de energia limpa e renovável.
“Temos diversas empresas de geração solar com interesse de vir para a região, porque aqui o clima é propício. Mais do que a questão da renda e do emprego temos que olhar para o futuro, transformar essas cidades em municípios símbolos da sustentabilidade, isso é um título intangível e uma grande conquista para o Sul Fluminense”, concluiu o diretor.